Todo a gente tem objetivos. Nem toda a gente os alcança! Isto porque, muitas vezes os objetivos são muito exigentes e projetados num futuro demasiado longínquo. Como humanos, temos tendência para o pensamento a curto prazo. É um instinto de sobrevivência que nos permite responder rapidamente ao perigo e a favorecer a gratificação imediata. Embora isto seja útil quando se é perseguido por um urso e quando se procura comida na savana, é prejudicial no que se refere a ter os hábitos necessários para atingir grandes objetivos. Digamos – por exemplo, que querias aprender a cozinhar melhor. Definiste e redefiniste esta meta três vezes ou mais – no Ano Novo, na #MotivationMonday e após o episódio mais recente do Master Chef. Queres pôr em prática o teu repertório de receitas e comer de forma mais saudável, e talvez poupar algum dinheiro evitanto encomendar comida todas as noites. É um bom objetivo, mas pode não ser fácil se não definirmos metas. É indefinido, não é mensurável e não tem prazo.
- O que significa “cozinhar melhor?” É um conjunto de cozinha ou um curso de culinária de dois anos na melhor escola de culinária dos EUA?
- Como sabes se teve sucesso? É preparar cinco receitas da Martha sem queimar a casa ou terminar o curso na escola de culinária com a melhor nota?
- E quando é suposto atingires este objetivo? Até ao fim deste mês? Até ao fim deste ano? Até ao fim da vida?
Específico
- Define os detalhes do teu objetivo. O que queres alcançar exatamente? Como mencionamos no exemplo, “cozinhar melhor” significa aprender 5 receitas ou abrir um restaurante? Se não conseguires atribuir um nome ao seu objetivo, provavelmente não conseguirás alcançá-lo
- Acompanhar o progresso em direção ao objetivo. Estabelece indicadores de sucesso e prepara ferramentas visuais para as acompanhares – uma tabela, uma aplicação, um bloco de notas. Verifica os teus indicadores regularmente - semanalmente, diariamente ou mensalmente - para avaliares as vitórias e as derrotas. No caso do nosso exemplo, podes criar uma checklist que inclua as competências que queres aprender, experiências que queres testar e os ingredientes com que queres trabalhar.
- Divide o grande objetivo em vários objetivos pequenos. Afinal, um grande objetivo é apenas um conjunto de pequenos objetivos organizados e combinados. Assim como ninguém chega ao topo do Everest num único salto, ninguém melhora as suas competências do dia para a noite. Dá um passo de cada vez – tens de saber usar uma faca antes de cortar ao estilo paysanne – e acumula as tuas conquistas numa escada que te leve ao grande objetivo final.
- Identifica possíveis obstáculos no caminho para o teu objetivo. Pergunta-te: Qual é o meu estilo de vida? A minha agenda permite-me perseguir este objetivo? Tenho os recursos de que preciso – dinheiro, conhecimento ou, no caso do nosso exemplo, utensílios de cozinha – para atingir o meu objetivo? Adapta os objetivos de modo a que estes se adequem às respostas a estas perguntas.
- Associa a cada um dos teus pequenos objetivos um prazo que consigas cumprir, em dias ou semanas. Estes prazos definem o ritmo que vais seguir até ao grande objetivo, e ajudam a corrigir o rumo se não conseguires cumpri-los. Também definem as expetativas e permitem acompanhar o progresso e comemorar pequenas vitórias.
- Não desperdiçar nenhum recurso.
- Mãos na massa.
- Ganhar o dia.
- Achas que não consigo? Vê só!
- Preparo-me hoje para a oportunidade de amanhã.
- Estou a aprender… a vida toda.
Ao contrário do método SMART, que é eficaz mas demora a começar, um mantra matinal é uma inspiração instantânea. Cria a intenção e podes revisitá-lo ao longo do dia, quando precisares de aumentar a motivação e redirecionar a energia. Muda-o em conformidade com o teu humor ou mantém um único para garantir consistência. Escreve ou grava, como se fosse uma meditação. O importante não é como o utilizas, mas apenas utilizar. Boa sorte!